A
Antártica foi o último continente a ser descoberto e explorado,
e ainda hoje é quase inabitado. Mesmo no verão, quando
as condições são mais amenas, a população é de poucos
milhares de habitantes, sendo nenhum deles permanente.
Apenas turistas, que permanecem nos navios ao longo da
costa, fazem este número aumentar para algumas dezenas
de milhares durante os poucos dias que duram os passeios.
Ao contrário da região Ártica, onde existe a presença
humana natural dos esquimós, na Antártica nunca houve
habitantes devido ao frio excessivo. Hoje, ela é uma gigantesca
reserva da humanidade, protegida e destinada apenas a
estudos científicos, onde não se desenvolvem atividades
comerciais, industriais, extrativas e militares. Neste
texto veremos resumidamente porque sua história é tão
diferente e especial.
O nome do continente deriva da palavra "arktos", urso
no idioma grego antigo, associado à constelação Ursa Maior
da estrela polar do norte, que apontando para o Ártico,
orientou os navegantes e viajantes por milênios. Pensadores
da Grécia antiga acreditavam que para equilibrar a região
ártica do norte, deveria haver correspondência oposta
no sul, e assim Aristóteles (384-322 a.c.) introduziu
o conceito da Antártica, ou seja, o anti-Ártico - ver
nota no final.
Extensos mares congelados, condições meteorológicas péssimas,
inexistência de navios e de tecnologia de navegação apropriados
mantiveram o continente fora do alcance humano até menos
de 200 anos atrás. Historicamente, a latitude do Círculo
Antártico, 67.5 graus sul, foi atingida somente em 1773
pelo lendário capitão inglês e exímio navegador James
Cook, usando a novidade do relógio de longitude para estimar
a posição. O continente antártico foi avistado pela primeira
vez em 27/janeiro/1820 pelo explorador Thaddeus von Bellingshausen
do império Russo; logo em seguida, em 30/janeiro/1820,
Edward Bransfield da marinha inglesa avistou a Península
Antártica. Em fevereiro de 1821, Davies, um norte-americano
caçador de focas, tornou-se supostamente o primeiro a
desembarcar na Antártica, na parte central e oeste da
Península.
Ilhas da região já haviam sido descobertas um pouco antes,
como por exemplo a da Geórgia do Sul, em 1775 pelo Capitão
Cook. As Shetlands do Sul, onde fica a Estação Antártica
Brasileira Comandante Ferraz (EACF), no norte da Península
Antártica, foram visitadas em fevereiro de 1819 pelo capitão
inglês William Smith, ao ser desviado para o sul de sua
rota no Estreito Drake por uma das fortes e comuns tempestades
naquela região; em sua próxima viagem oito meses depois,
ele reclamou a posse para o Império Britânico.
Histórias fantásticas de exploração e sobrevivência com
heroísmo, tragédia e realizações, marcaram o desbravamento
da Antártica no início do século XX. Entre elas destaca-se
o caso do irlandês Sir Ernest Shackelton, que teve seu
navio "Endurance" aprisionado pelo gelo no mar de Weddell
antes que fosse iniciada a pé a travessia transantártica
de 2.900 km. De janeiro de 1915 até seu resgate em agosto
de 1916, os 22 tripulantes realizaram o impossível em
sua rota de retorno e sobrevivência no gelo e oceano,
e foram resgatados por seu próprio comandante quando todos
eram dados por mortos. Menos sorte teve a equipe do inglês
Robert Scott no retorno da corrida contra o norueguês
Roald Amundsen para a conquista do Pólo Sul, no final
de 1911: além de perdê-la por um mês, os cinco membros
do grupo pereceram no final do retorno devido a adversidades
do frio e tempo, e falhas de planejamento logístico, ficando
a horrível memória desta jornada, até os últimos instantes,
registrada no diário de Scott.
O interesse pela Antártica foi imediato devido
à numerosa presença de focas, leões
marinhos e baleias, que na época eram caçados
tanto pela carne como por seu couro e óleo. No
início do século XIX muitas cidades tinham
a iluminação das ruas feitas com lamparinas
de óleo de baleia, já que o uso do gás
de petróleo no “lampião de gás”
ainda não estava implantado. Em geral, dez anos
era o prazo para o extermínio quase total das focas
nas ilhas onde eram descobertas. Para dar uma idéia
da dimensão da carnificina, em muitas colônias,
60 mil animais eram abatidos por ano. Tão grande
era a concentração dos animais indefesos
em terra, que para economizar munição de
armas-de-fogo no abate, os caçadores usavam simples
porretes nas matanças enquanto caminhavam nas colônias
de focas e elefantes marinhos. Até meados da década
de 1960 as baleias eram dizimadas pela pesca descontrolada,
e a população de algumas espécies
chegou a ser reduzida em 95% quando cerca de 66 mil baleias
eram abatidas por ano pelos navios de captura e processamento
nos mares antárticos. Nos debates recentes apenas
o Japão tem resistido o banimento total de sua
pesca. Pesquisadores brasileiros há anos participam
de iniciativa internacional de identificação
visual e genética de baleias na Antártica
para estudar sua dinâmica e migração.
Com o passar dos anos vários países realizaram
expedições à Antártica e declararam
pretensões territoriais em função
de suas áreas de atuação, caça
e pesca – em geral não reconhecidas pelos
demais, e muitas vezes sobrepondo-se. Por exemplo, até
a aceitação internacional do Tratado Antártico
em 1961 a região da Península Antártica
era pretendida pela Argentina, Chile e Grã-Bretanha.
Assim, determinou-se que o futuro deste continente não
seguiria o padrão de posse por conquistas e guerras,
abrindo novo horizonte nas relações internacionais
e humanas, sob a supervisão da comunidade científica
internacional. O início deste novo enfoque ocorreu
com os trabalhos científicos realizados no primeiro
“ano polar internacional” em 1882-83 quando
12 nações fizeram estudos coordenados do
clima e do magnetismo terrestre. Iniciativas similares
repetiram-se em 1932-33, 1957-58, e da organização
do último resultou a primeira conferência
antártica em 1955, quando foi apresentada a base
do que se tornaria o Tratado Antártico, protegendo
mares e terras ao sul da latitude de 60 graus. 14 países
inicialmente promoveram o acordo e o ratificaram em junho/1961,
com validade por 30 anos. Os países latino-americanos
com estações ativas todo o ano são
a Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. O Peru tem presença
apenas nos meses de verão, e o Equador possui somente
um refúgio que está sem uso há anos.
Todos estes países estão presentes na Ilha
Rei George, porém Argentina e Chile possuem bases
em outras ilhas e no continente. Com o Tratado de Madri
de 1991, ratificado em 15/janeiro/1998, ficou assegurada
por mais 50 anos a condição de área
especial de conservação do Planeta e de
suas nações. Assim, ficaram suspensos interesses
territoriais e também divergências entre
países, inclusive as dos latino-americanos; hoje,
os signatários são em número de 45,
dos quais 27 consultivos, com maior expressão.
O Brasil aderiu ao Tratado Antártico em 1975, e
em 1983 obteve a posição de membro consultivo,
passando assim a influir no destino do continente. Em
1982 foi aprovado o Programa Antártico Brasileiro
– PROANTAR, e no verão de 1982-83 o país
realizou a primeira expedição antártica
com apoio do NApOc Barão de Teffé e o NOc
Prof.W.Besnard da USP. A Estação Antártica
Comandante Ferraz (EACF) foi montada no verão de
1983-84 na enseada Martell da Ilha Rei George, a noroeste
da Península Antártica, e inaugurada em
06/Fev/1984; foi ativada apenas nos verões até
1986, e desde então, permanece continuamente em
uso. A presença nacional na Antártica objetiva
assegurar nossa participação no futuro geopolítico
do continente.
A Antártica, incluindo todas ilhas e as plataformas
de gelo, tem 13.661.000 km2; sem as plataformas, 12.093.000
km2, e se computada apenas a superfície continental,
11.900.000 km2. Este último valor é 42%
maior que o Brasil, que possui 8.512.000 km2. Contudo,
é menor que a América do Sul, com 17.800.000
km2. Dos sete continentes é o 5º em tamanho,
porém o de altitude média mais elevada,
de cerca de 2.300 m, e seu ponto mais alto, o maciço
Vinson, possui 5.140m; o Pólo Sul fica a 2.835
m de elevação. Uma grande parte do continente
tem o solo abaixo do nível do mar, até o
limite de -2.555 m na depressão de Byrd, e a calota
de gelo chega à espessura máxima de 4.776
m na Terra de Wilkes; outra curiosidade, é que
o Pólo Sul Magnético não coincide
com o pólo geográfico, e suas coordenadas
são 74gr 07min Sul e 104gr 39min Leste. Devido
ao acúmulo constante de neve, o gelo que é
formado registra o passado em sua composição
química, permitindo o estudo de gases e temperatura
da atmosfera por centenas de milhares de anos, e também
os efeitos mais recentes da poluição atmosférica.
Geologicamente, até 140 milhões de anos
atrás a Antártica estava na parte central
do super-continente Gondwana, quando os continentes de
hoje começaram a se deslocar na crosta terrestre
até chegar à configuração
presente. Suas condições eram então
muito diferentes, conforme estabelecido pelos fósseis
de animais e plantas de até 200 milhões
de anos. No setor leste predomina um escudo continental
e na oeste, onde está a Península, a origem
é bem mais recente, coincidindo com a dos Andes
na América do Sul.
Exceto pelas algas (umas 300 espécies) que se desenvolvem
na neve e gelo, a flora terrestre antártica concentra-se
nos 2% do continente que não são permanentemente
recobertos por gelo. Devido às baixas temperaturas,
quanto mais ao sul e maior a altitude, menor o número
de espécies e plantas. Liquens (250 espécies)
e Briófitas (130 espécies, sendo 100 de
Musgos) são mais comuns; fungos também são
encontrados, e gramíneas ocorrem nas ilhas sub-antárticas,
mais ao norte, onde somente duas plantas com flores são
conhecidas.
A vida na região depende fundamentalmente dos oceanos,
onde a luz abundante no verão e a circulação
das correntes marinhas favorecem o alto teor de nutrientes
e o crescimento da alimentação primária,
composta de fitoplâncton e zooplâncton; estes
efeitos são notados em um cinturão de 35
milhões de km2, conhecido por “convergência
antártica”. No centro da cadeia alimentar
encontra-se o “krill” (Euphasia superba),
nome genérico de um crustáceo (camarão)
de poucos centímetros e algumas gramas que alimenta
pingüins, focas, baleias, podendo mesmo servir de
alimento a animais de criação após
processamento industrial; para o Homem, seu teor de flúor
tem de ser diminuído. Em peso seco, possui cerca
de 50% de proteína e são ricos em vitaminas.
Em alguns anos a captura comercial do krill excede 500
mil toneladas. Os peixes antárticos, de cerca de
150 espécies, são bastante peculiares como
resultado da evolução em temperaturas muito
baixas, e alguns possuem até substâncias
anticongelantes no sangue. Em sua maioria, são
pelágicos, de profundidade.
Aves também se alimentam de krill, embora muitas
sejam preferencialmente carnívoras como as skuas
(Catharacta lonnbergi), notórias por seus ataques
a filhotes de pingüins. Dentre as 60 espécies
de aves na região, os pingüins representam
a Antártica para o público em geral. No
mar são extremamente ágeis e graciosos,
podendo mergulhar até 250 m. Fora do mar, limitam-se
a regiões costeiras, placas de gelo e banquisas.
Na região da Estação Brasileira Com.
Ferraz, são comuns três espécies:
adélia, antártica ou “chinstrap”
e papua (Pygoscelis adeliae, antarctica e papua, respectivamente).
Em ocasiões raras observa-se também o de
penacho (Eudyptes chrysolophus) e o imperador (Aptenodytes
forsteri), que é o maior de todos e chega a ter
30 kg e 1.1m. O imperador é notório por
nidificar na escuridão do inverno antártico,
com temperaturas de dezenas de graus negativos, mesmo
a centenas de km do acesso ao mar. As colônias de
pingüins, ou pingüineiras, podem atingir mais
de um milhão de indivíduos no verão,
o que não impede os pais de encontrar seus filhotes
após o retorno de uma pescaria de krill com a captura
de cerca 800 g por dia. Em relação aos animais
mamíferos, apenas são encontrados os marinhos,
como baleias, golfinhos, focas, e leões-marinhos.
O continente é rico em recursos naturais, desde
minérios com metais preciosos e raros até
possivelmente petróleo. Entretanto, devido às
questões de pretensão territorial de alguns
países que nunca foram aceitas, e mais recentemente,
pelas limitações impostas pelo Tratado Antártico,
está proibida toda e qualquer atividade comercial,
industrial, extrativista, e militar no continente. No
ano de 2041, com a revisão do tratado, será
redefinido o futuro deste santuário.
Quanto à meteorologia, a Antártica é
muito peculiar, tanto por ser o continente mais frio,
e com ventos mais fortes, como por ter mais água
doce acumulada. A temperatura média anual varia
de cerca de –10oC na costa a – 60oC nas partes
elevadas de seu interior. Na costa, no verão o
máximo pode chegar a + 10oC, e no inverno o mínimo
chega a – 40oC. Em contraste, no planalto o verão
pode ter – 30oC e o inverno –80oC. A temperatura
mais baixa já registrada no planeta foi –
89.2oC na estação russa de Vostok em 21/julho/1983.
Sistemas de baixa pressão, chamados de ciclones,
costumam afetar a região costeira e os mares antárticos,
causando ventos perigosos de 100 km/h por até alguns
dias, com rajadas de 200 km/h; associados com chuva ou
neve e nevoeiros, e a mar muito agitado caso se esteja
no oceano, as condições de sobrevivência
se tornam críticas. A maior velocidade de vento
registrada foi 327 km/h na estação francesa
Dumont d’Urville, em julho de 1972. O interior do
continente tem o ar normalmente seco e subsidente, caracterizando-se
do ponto de vista de precipitação como um
deserto, com cerca de 50 mm/ano; porém, como a
pouca neve precipitada não descongela, o acúmulo
é contínuo, chegando a 4 km em certas partes.
Em algumas regiões, como no Mar de Bellingshausen
e nas Ilhas Shetlands o total anual é de várias
centenas de mm de água.
Um fenômeno importante na região é
o conhecido “buraco de ozônio”, resultante
da redução sazonal deste gás na camada
atmosférica entre 10 km e 50 km, diminuindo a capacidade
de filtragem dos raios solares ultra-violeta, muito nocivos
à pele dos organismos vivos. Sua redução
nos meses do outono aumentou muito nas últimas
décadas, supostamente como resultado de reações
químicas do gás cloro, resultante de emissões
de gases do tipo clorofluorocarbonos (CFCs) usados por
todo planeta na refrigeração e em latinhas
de “spray”. A intensidade maior do fenômeno
na Antártica em relação ao Ártico
decorre das temperaturas mais frias da atmosfera antártica.
Protocolos internacionais assinados nos últimos
anos estão substituindo os CFCs, e acredita-se
que em algumas décadas os níveis de ozônio
estratosférico retornem ao normal.
90% da água doce do planeta estão na forma
de gelo, e deles, 90% encontram-se na Antártica.
Ou seja, cerca de 80% de toda nossa água doce está
na Antártica e ocupa volume de cerca de 25 milhões
de km3. A maior espessura de gelo é 4.776 m, na
Terra de Adélia. A extensão de gelo nas
banquisas ao redor do continente varia entre o mínimo
de 4 milhões de km2 em março (meio Brasil)
ao máximo de 22 milhões de km2 em setembro
(quase três vezes o Brasil). A grande preocupação
em relação a possíveis mudanças
climáticas, é que se todo gelo antártico
derretesse, o nível dos oceanos no planeta subiria
uns 50 metros, trazendo trágicas conseqüências
para regiões e populações costeiras.
A elevação de alguns centímetros
já constatada nos oceanos, e os efeitos decorrentes
em algumas ilhas e praias estão sendo vinculados
por cientistas ao desprendimento de plataformas de gelo
e derretimento de geleiras no entorno antártico;
há previsões que nos próximos 100
anos este efeito cause elevação de um metro
no nível dos oceanos. O tema ainda é polêmico,
havendo também possibilidade de aumento do gelo
antártico como parte das eventuais mudanças
globais. Entretanto, o aumento de “icebergs”
desprendidos e de sua extensão nos últimos
anos está sendo constatada.
A Antártica se relaciona ao clima e tempo do Brasil
de duas formas. Por um lado, no contexto do planeta, é
a região continental e oceânica de onde partem
as massas de ar frio que vão se misturar com as
massas quentes oriundas das regiões equatoriais
e tropicais mais aquecidas; desta interação
resulta o padrão de circulação atmosfera
e o clima geral do planeta. Por outro, em termos regionais,
são as massas de ar da região do mar de
Weddell que em alguns casos trazem frio e precipitação
no inverno para o sul e sudeste do país. A corrente
oceânica das Malvinas, no sentido sul-norte também
afeta a costa do país, deslocando águas
frias e ricas em nutrientes ao longo da costa, e chegando
inclusive até Cabo Frio, RJ, onde causa o fenômeno
da ‘ressurgência”.
A realização de atividades na Antártica
está a cargo da SECIRM, responsável por
todas atividades de apoio, e do CNPq, que define e financia
os projetos de pesquisa. A Fundação Universidade
Federal do Rio Grande, FURG, opera a estação
de apoio antártico ESANTAR em Rio Grande, RS, e
Universidades e Institutos de Pesquisa nacionais e de
muitos estados participam desde 1982 nas pesquisas antárticas.
O Clube Alpino Paulista, desde o início da EACF
apóia atividades de deslocamento das equipes em
trabalhos de campo. Os principais tópicos de pesquisa
hoje estão nos temas de mudanças climáticas
globais e poluição ambiental local; inúmeros
projetos são desenvolvidos nas áreas de
biologia, botânica, ciências espaciais, geologia,
glaciologia, meteorologia, oceanografia e zoologia.
Para estas pesquisas o Proantar mantém presença
permanente desde 1986 na região por meio da Estação
Antártica Comandante Ferraz (EACF), na Ilha Rei
George (ou Ilha 25 de Maio nos mapas argentinos), construída
no verão de 1983/84. Suas coordenadas geográficas
são 62gr 05min Sul e 058gr 24min Oeste, e seu nome
homenageia o Capitão-de-Fragata Luiz Antônio
de Carvalho Ferraz (1940-1982), um dos pioneiros nos interesses
antárticos do Brasil. De oito módulos da
construção inicial, hoje ela passou a ter
64, incluindo laboratórios de pesquisa, biblioteca,
sala de exercícios, etc., com condições
de conforto e comunicações excelentes para
uma região inóspita. A EACF atinge sua capacidade
máxima de até 50 pessoas no verão,
mas durante o resto do ano abriga até 20; destas,
10 são do “Grupo Base” com pessoal
da Marinha do Brasil, responsável por manter a
Estação em funcionamento, pelo apoio aos
projetos de pesquisa e por representar o país nos
contatos e eventos locais. O suporte da estação
é feito por um Navio de Apoio Oceanográfico
à Pesquisa da Marinha, “NApOc”, sendo
que o primeiro foi o Barão de Teffé e desde
1993 é o Ary Rongel.
Referências em português
sobre a Antártica na Internet.
- http://www.mma.gov.br/port/sbf/dap/antartic.html
para visão geral do Programa Antártico
- http://www.secirm.mar.mil.br/p_ne20.htm
com informações gerais e ênfase
na logística
- http://antartica.cptec.inpe.br
com ênfase em meteorologia Antártica, links
e web-câmera
Nota. O termo Antártida (com
“d”) para o nome do continente também
é aceito em português, sendo a opção
por esta letra utilizada em alguns países, como
Argentina, Itália e França; Antártica
(com “c”) é a grafia recomendada
pelo Programa Antártico Brasileiro, sendo coerente
com a origem do grego “arktos”, e com o
significado histórico de ser o "anti-ártico".
Na forma de adjetivo, por exemplo “expedição
antártica” ou “geologia antártica”,
a grafia é sempre com “c”.
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